Jorge Mário Bergoglio, nasceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 17 de Dezembro de 1936, no seio de uma família humilde de imigrantes italianos, o seu pai, Mário Giuseppe Bergoglio, nasceu em Turim, Itália, a 2 de Abril de 1908 e faleceu em 24 de Setembro de 1961,
foi trabalhador ferroviário, e sua mãe, Regina Maria Sivori, nasceu a 28 de Novembro de 1911, em Buenos Aires, de pais de origem italiana, faleceu a 8 de Janeiro de 1981, e casaram-se a 12 de Dezembro de 1935. O seu pai jogou basquetebol no Club San Lourenzo “um dos cinco grandes do futebol argentino cujas origens haviam sido impulsionadas por um padre”. Jorge Bergoglio tornar-se-ia adepto do San Lourenzo, acompanhando durante a sua infância jogos de futebol com o seu pai, e não perdeu nenhum jogo do título argentino de 1946, quando tinha dez anos.
Estudou no Colégio Salesiano de Buenos Aires. Estudou química na escola Técnica Industrial N.º 27, Hipólito Yrigoyen, onde se diplomou como técnico. O Papa Francisco ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em 11 de Março de 1958 e graduou-se em Filosofia em 1960, pela Universidade Católica de Buenos Aires. Foi docente de Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na província de Santa Fé, e no Colégio de Salvador, em Buenos Aires, entre os anos 1964 e 1966, formou-se em Teologia em 1969; recebeu a ordenação presbiteral pelas mãos do Dom Ramon José Castellano. No período de 1980 e 1986 foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel, depois do seu doutoramento na Alemanha, foi confessor e director espiritual em Córdoba.
O Papa Francisco falava muito bem o castelhano, o italiano, o francês e o alemão, um pouco de inglês, assim como português e latim. Foi cardeal-arcebispo de Buenos Aires e a 20 de Maio de 1992, o saudoso Papa João Paulo II, nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires, com a sé titular de Auca, a 3 de Junho de 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires, tornando-se arcebispo metropolitano de Buenos Aires, no dia 28 de Fevereiro de 1998. Foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001, que aconteceu em 21 de Fevereiro de 2001, presidido pelo então Papa João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, e “quando foi nomeado convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma. Em vez de irem ao Vaticano festejar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres”.
A 13 de Março de 2013, no segundo dia do Conclave, Jorge Bergoglio foi eleito Papa e escolheu a nome Francisco, com referência a São Francisco de Assis, pela sua simplicidade e dedicação aos pobres.
Foi o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa da América Latina e o primeiro não europeu investido como bispo de Roma em mais de 1200 anos, desde o Papa Gregório III, natural da Siria e governou a igreja católica, entre 731 – 741.
Quando aceitou ser escolhido para Papa na Capela Sistina, disse “eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento aceito”.
Francisco foi o Papa mediático e virado para o humanismo, sempre na defesa dos humildes, dos pobres, dos descartados da sociedade, o que o tornou muito popular, e “ensinou-nos a nos a viver os valores do evangelho, com fidelidade, coragem e amor universal. De modo especial, a favor dos pobres, dos marginalizados, onde a igreja tem lugar para todos, todos, todos…
O Papa Francisco surpreendeu tudo e todos, sendo jesuíta, membro de uma ordem religiosa onde se professam votos de pobreza, é notório o seu comportamento simples e humilde “é conhecido por um estilo pessoal despojado e frugal de viver”, quando cardeal na Argentina viveu num quarto simples atrás da Catedral Metropolitana de Buenos Aires, usava habitualmente os transportes públicos, e é que cozinhava a própria comida.
Aquando da sua eleição como Papa, continuou a usar o crucifixo de aço que utilizava enquanto cardeal, em vez de um crucifixo em ouro, como era de costume com os papas anteriores e também optou por usar sapatos totalmente pretos, em vez dos tradicionais múleos.
Francisco foi um Papa muito popular, foi o Papa que tocou nos corações de todos, todos, todos católicos e não católicos com gestos humildes e palavras calorosas e verdadeiras, não deixou ninguém para trás, nomeadamente os mais desprotegidos, os mais pobres, os mais humildes e descartáveis da sociedade, que lhes deu voz e os defendeu altruisticamente.
O mundo, a cristandade está de luto, continuam a chorar o Papa Francisco, que da lei da morte se libertou e certamente descansa em paz perpétua no seio de Deus, onde intercederá por todos nós.
Sebastião Lima, Diretor